quinta-feira, 10 de abril de 2014

Copa do mundo no Brasil- Manaus- Minha opinião

A modernização tecnológica e o desenvolvimento econômico são os princípios norteadores do ideal da sociedade moderna. Entretanto, os séculos de exploração representaram e representam um obstáculo aos países colonizados no que se refere à possibilidade de propagação desse ideal. O Brasil, neste contexto histórico, como país sede da Copa do Mundo de 2014, encontra-se em um duplo desafio: primeiro criar condições estruturais para sediar o evento; segundo, apresentar uma excelente seleção para fazer jus à condição de país do futebol e receber o título de campeão mundial em casa.

Conhecido historicamente e mundialmente como o ' PAÍS DO FUTEBOL' não somente por ser uma seleção com cinco(5) títulos mundiais, mas também por formar seleções que, em campo, sempre encantam por suas jogadas criativas irreverentes e com um show de técnica.

No caso da Copa do Mundo de 2014, o desafio vai além do campo - da busca de ser o melhor país nesta modalidade esportiva -, é preciso também cumprir a tarefa de oferecer infraestrutura adequada para sediar um evento dessa magnitude. Mas ai foi quando começou os problemas.

 Vamos aos números
Para sediar um evento desse porte, estimou-se que o Brasil iria investir cerca de R$ 36,4 bilhões, sendo R$ 12,7 bilhões em transportes e mobilidade, R$ 7,2 bi em reformas e construção de novos estádios e R$5,3 bi em modernização dos aeroportos.
      Do mesmo modo, acredita-se que a Copa do Mundo de 2014 trará ao país um lucro de R$183 bilhões para a economia entre 2010 e 2019. Aliado a esses números, está a expectativa de geração de 700 mil empregos, permanentes e temporários, para os mais diversos setores – obras, turismo, hotelaria e comércio.

Mas vemos hoje que um estadio gastou cerca de R$ 623.104.779,13(arena da amazônia). Isso foi o total de tudo gasto (mais informações), e já estamos fartos de falar de gastos, vamos falar de outros investimentos que andaram falhando também...
Vou apenas falar aqui de Manaus.

-Segurança publica-

Não é novidade que a segurança publica da nossa querida capital não umas das melhores, mas fazer o que a do brasil todo quase não funciona, para quem mora em Manaus sabe muito bem a segurança publica é um fiasco.
Policiais ignorantes, não todos, mas quem nunca se deparou com um policial pra lá de ignorante.
Não tem ou quase não existe as rondas noturnas na zona central, imagina-se em outras zonas.

-Saúde publica-
O que falar da saúde publica de Manaus, pra quem depende do sistema de saúde publica da nossa capital sabe que é um pouco divicil, que quando vai ou estar com virose ou apenas com uma irritação, e fora as longas esperas em filas que diga-se de passagem um 'pé-no-saco', quem nunca esperou uma hora em hospital para sair de lá com o diagnostico de virose, ou uma gripezinha, e saiu medicado com DIPIRONA,  ou no pior dos casos BENZETACIL, mas enfim...

-Infra-estrutura-
Enfim, nossa cidade deu uns passos que deveriam ter dado a mais tempo, foi a retirada dos camelôs das calçadas do centro da cidade... 
Mas foi o suficiente? So deveriam ter feito isso? Poderiam ter feito mais?
Não sei...

-Educação- 
O que falar de nossa educação que caminha a passos de tartaruga, com nossas escolas precárias, mal remuneração para os professores. Dizem que demos um salto muito grande em educação, mas não vejo que salto foi esse em que alguém passa pro ensino médio sendo incapaz mentalmente de estar nesse nível da educação. (Descorda? Mas agora os alunos que se encaminham ao ensino médio não podem reprovar, e de algum modo mesmo com notas baixas estará no ensino médio)

Mas enfim, aos trancos e barrancos Falta pouco para que a copa aconteça,  mas o Tem uma grande massa da sociedade que protesta contra isso, por causa dos  GASTOS DESNECESSÁRIOS, e a falta de investimento em outros setores publico.

Turistas aproveitem uma cidade maquiada... Porque acho que o Amazonas nisso esta bem preparado.



sábado, 5 de abril de 2014

Uma cidade voltada a mobilidade

Uma cidade voltada a mobilidade
Uma cidade que se preocupa com seus moradores portadores de mobilidade reduzida.


Faz como um mês que cheguei a Espanha e nos primeiros días me vi perplexo com uma cidade que qualquer pessoa que é brasileira iria se encontrar como eu.
E hoje falando de assunto que é um assunto sério e  delicado, mobilidade reduzida, para os termos mais brutos e indelicados deficientes físicos.
Não é novidade que para um brasileiro com mobilidade reduzida é muito difícil sair de casa e caminhar pela rua sem que alguma coisa o impeça, não poder tomar uma ônibus que muitas vezes oferecem elevadores para portadores de mobilidade reduzida não funcionam, calçadas altas que muitas vezes se torna quase impossivél fazê-lo.



Por não ter visto outros lugares pensei que não era um caso que acontecia no mundo todo, mas vendo a realidade de onde estou agora vejo que não, é questão de investimentos, questão de gestão publica, questão de QUERER.
Vejo aqui ruas bem preparadas para receber pessoas com mobilidade reduzida, seja por qualquer razão física, auditiva ou visual, é uma cidade, é um país que não fecha os olhos para a realidade que tem. Segundo pesquisa do IBGE senso 2000 a porcentagem de pessoas portadores de mobilidade reduzida era de 14.5 %


Sendo que desses 14,5 se subdivide em:




Essa é a porcentagem do Brasil, então imaginemos que os 48,1% não podem caminhar na rua sozinhos pelo fato de muitas não estarem preparadas para eles, e que os 27.1% também não podem caminhar por libre vontade, sempre dependendo de outras pessoas, e nem podem tomar o ônibus em suas cadeiras de rodas porque em muitos não um espaço próprio, uma plataforma elevadora  para subirem nos coletivos públicos e muito menos taxis apropriados…


                          Isso é uma realidade brasileira.
  •     Falta piso tátil em muitas partes da cidade, e as que tem geralmente são praças, e principais avenidas da parte central e zonas turísticas.
  •     Muitos transportes públicos, ônibus, metros, e trens,  não tem um sistema de elevador, e os têm não funcionam ou foi depredado por vândalos.
  •     A política de mobilidade urbana aos portadores de mobilidade reduzida ainda é muito fraca e em alguns lugares nem existe.



Então vemos que isso é como se o nosso Brasil fechasse o olhos aos portadores de mobilidade reduzida , que como nós são humanos, pessoas que têm o direito de sair a rua, caminhar.


Agora vamos comparar.
Encontrei um estudo mais detalhado aquí na espanha, para ler mais clique aqui.
Vemos que  aqui a população é de 8.5Captura de pantalla 2014-04-01 a la(s) 16.59.55.png



Captura de pantalla 2014-04-01 a la(s) 17.01.00.png

E os 2,42% que possuem deficiencia visual pode e sair a rua sem problema, tomar um mêtro ou um ônibus sem problema algum.
E os 10,15% de deficiencia com o sistema nervoso e os 5,31%  de deficiencia osteoarticulares podem sair a rua e contar com um plano eficiente de mobilidade urbana adaptada a suas deficiencias de mobilidade.
E ainda com um diferencial, os ônibus são nivelados com as calçadas e contam com um sistemas de suspenção e rebaixamento que pode “abaixar-se” para que o passageiro com mobilidade reduzida entre e se acomode.



A mesma coisa no metrôs que possuem elevadores para o publico em geral e principalmente para os portadores de


E dentro do seu metrô pode acomodar-se em lugares específicos, que por outra vez o povo se mostra educado ajudando-os nessa hora.





As ruas são adaptadas não só as centrais ou avenidas e sim todas as que tenho visto tem piso tàtil tem alerta sonoro, as paradas de ônibus e metros também são equipadas para isso.







Assim também como as paradas de metro contam com informações em braile
Assim uma pessoas pode saber qual ônibus  poderá tomar, e no brasil se uma pessoa  com mobilidade reduzida sair de casa sozinha o que faria?







Aqui um exemplo que me deixou de boca aberta, moro ao lado do Centro de Especialidade José Marvá.

E quando abro a janela me deparo com um veiculo que nem nos meus sonhos mais loucos pensaria que existiria um taxi adaptado para pessoas com mobilidade reduzida, um cadeirante.


É um país, é uma cidade que esta bem preparada para sua população com mobilidade reduzida.
E então o que tirar de tudo isso, nosso país se importa menos com os portadores de mobilidade reduzida ou tem outros países que se importam mais?


Que nossos governantes esqueceram dessas pessoas, ou que em outros países os governantes lembram mais dessa parcela da população?





Mas a verdade que vejo que nosso país simplesmente esquece da população o resto do ano , esquece que tem pessoas especias que precisam ser vistas com mais humanidade, mas que nos obriga a votar, seja portadores de mobilidade reduzida ou não…








Isso é uma coisa que me deixa muito pensativo em relação a isso, pois tenho a plena certeza que os políticos do meu país estiveram aqui e já viram tudo isso, então porque não tentam pelo menos copiar um terço disso tudo…


Cada vez meu país me surpreende mais….


Os deixo com minhas opiniões, os deixo com meus pensamentos.


Darlon Rodrigues