sábado, 5 de abril de 2014

Uma cidade voltada a mobilidade

Uma cidade voltada a mobilidade
Uma cidade que se preocupa com seus moradores portadores de mobilidade reduzida.


Faz como um mês que cheguei a Espanha e nos primeiros días me vi perplexo com uma cidade que qualquer pessoa que é brasileira iria se encontrar como eu.
E hoje falando de assunto que é um assunto sério e  delicado, mobilidade reduzida, para os termos mais brutos e indelicados deficientes físicos.
Não é novidade que para um brasileiro com mobilidade reduzida é muito difícil sair de casa e caminhar pela rua sem que alguma coisa o impeça, não poder tomar uma ônibus que muitas vezes oferecem elevadores para portadores de mobilidade reduzida não funcionam, calçadas altas que muitas vezes se torna quase impossivél fazê-lo.



Por não ter visto outros lugares pensei que não era um caso que acontecia no mundo todo, mas vendo a realidade de onde estou agora vejo que não, é questão de investimentos, questão de gestão publica, questão de QUERER.
Vejo aqui ruas bem preparadas para receber pessoas com mobilidade reduzida, seja por qualquer razão física, auditiva ou visual, é uma cidade, é um país que não fecha os olhos para a realidade que tem. Segundo pesquisa do IBGE senso 2000 a porcentagem de pessoas portadores de mobilidade reduzida era de 14.5 %


Sendo que desses 14,5 se subdivide em:




Essa é a porcentagem do Brasil, então imaginemos que os 48,1% não podem caminhar na rua sozinhos pelo fato de muitas não estarem preparadas para eles, e que os 27.1% também não podem caminhar por libre vontade, sempre dependendo de outras pessoas, e nem podem tomar o ônibus em suas cadeiras de rodas porque em muitos não um espaço próprio, uma plataforma elevadora  para subirem nos coletivos públicos e muito menos taxis apropriados…


                          Isso é uma realidade brasileira.
  •     Falta piso tátil em muitas partes da cidade, e as que tem geralmente são praças, e principais avenidas da parte central e zonas turísticas.
  •     Muitos transportes públicos, ônibus, metros, e trens,  não tem um sistema de elevador, e os têm não funcionam ou foi depredado por vândalos.
  •     A política de mobilidade urbana aos portadores de mobilidade reduzida ainda é muito fraca e em alguns lugares nem existe.



Então vemos que isso é como se o nosso Brasil fechasse o olhos aos portadores de mobilidade reduzida , que como nós são humanos, pessoas que têm o direito de sair a rua, caminhar.


Agora vamos comparar.
Encontrei um estudo mais detalhado aquí na espanha, para ler mais clique aqui.
Vemos que  aqui a população é de 8.5Captura de pantalla 2014-04-01 a la(s) 16.59.55.png



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E os 2,42% que possuem deficiencia visual pode e sair a rua sem problema, tomar um mêtro ou um ônibus sem problema algum.
E os 10,15% de deficiencia com o sistema nervoso e os 5,31%  de deficiencia osteoarticulares podem sair a rua e contar com um plano eficiente de mobilidade urbana adaptada a suas deficiencias de mobilidade.
E ainda com um diferencial, os ônibus são nivelados com as calçadas e contam com um sistemas de suspenção e rebaixamento que pode “abaixar-se” para que o passageiro com mobilidade reduzida entre e se acomode.



A mesma coisa no metrôs que possuem elevadores para o publico em geral e principalmente para os portadores de


E dentro do seu metrô pode acomodar-se em lugares específicos, que por outra vez o povo se mostra educado ajudando-os nessa hora.





As ruas são adaptadas não só as centrais ou avenidas e sim todas as que tenho visto tem piso tàtil tem alerta sonoro, as paradas de ônibus e metros também são equipadas para isso.







Assim também como as paradas de metro contam com informações em braile
Assim uma pessoas pode saber qual ônibus  poderá tomar, e no brasil se uma pessoa  com mobilidade reduzida sair de casa sozinha o que faria?







Aqui um exemplo que me deixou de boca aberta, moro ao lado do Centro de Especialidade José Marvá.

E quando abro a janela me deparo com um veiculo que nem nos meus sonhos mais loucos pensaria que existiria um taxi adaptado para pessoas com mobilidade reduzida, um cadeirante.


É um país, é uma cidade que esta bem preparada para sua população com mobilidade reduzida.
E então o que tirar de tudo isso, nosso país se importa menos com os portadores de mobilidade reduzida ou tem outros países que se importam mais?


Que nossos governantes esqueceram dessas pessoas, ou que em outros países os governantes lembram mais dessa parcela da população?





Mas a verdade que vejo que nosso país simplesmente esquece da população o resto do ano , esquece que tem pessoas especias que precisam ser vistas com mais humanidade, mas que nos obriga a votar, seja portadores de mobilidade reduzida ou não…








Isso é uma coisa que me deixa muito pensativo em relação a isso, pois tenho a plena certeza que os políticos do meu país estiveram aqui e já viram tudo isso, então porque não tentam pelo menos copiar um terço disso tudo…


Cada vez meu país me surpreende mais….


Os deixo com minhas opiniões, os deixo com meus pensamentos.


Darlon Rodrigues


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